Uema e movimentos sociais avançam em regularização fundiária quilombola


Por em 2 de setembro de 2025



                           

Na manhã desta segunda-feira (01), a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) realizou, no auditório do Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais (Cecen), a cerimônia de entrega das peças técnicas produzidas no âmbito do projeto “Territórios Quilombolas do Maranhão”.

O projeto nasce de um Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a Uema e as entidades representantes dos quilombolas Conaq, Aconeruq e Unicquita, por intermédio do Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia (PPGCSPA). O objetivo central é apoiar o desenvolvimento de pesquisas, programas e projetos culturais, além de fortalecer os processos de regularização fundiária quilombola no Maranhão.

Durante a solenidade, foram entregues diagnósticos técnicos referentes a três territórios quilombolas: Engenho do Lago, em Porto Rico; Entre Rios, nos municípios de Cururupu e Mirinzal e Santiago, em Mirinzal.

                         

As peças técnicas resultam de uma articulação entre o movimento quilombola, fontes financiadoras internacionais e a universidade, que disponibilizou a expertise de professores, pesquisadores e alunos de mestrado e doutorado em áreas como geografia, antropologia, geologia e engenharia ambiental.

O presidente do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma), Anderson Ferreira, ressaltou que a atuação na área de regularização fundiária avançou para além do debate, alcançando resultados práticos.

“A perspectiva de beneficiar cinco mil famílias em três comunidades representa um impacto social considerável. Sempre fui defensor da universidade como parceira fundamental, pois seus pesquisadores conhecem a realidade local e têm maior aceitação junto às comunidades. Esse trabalho contribui para acelerar os processos e garantir resultados concretos”, destacou.

                           

Anderson Ferreira também frisou que, atualmente, os títulos de terra têm sido emitidos em prazos entre 45 e 60 dias, graças à desburocratização do processo, e anunciou novas entregas em breve diretamente nas comunidades.

O reitor da Uema, Walter Canales, reforçou o compromisso institucional da universidade com a transformação social: “Celebramos um momento muito importante para a Uema. Entregamos um trabalho desenvolvido pelo nosso mestrado em Cartografia Social às comunidades quilombolas e ao Iterma, fortalecendo o processo de regularização de terras. É motivo de orgulho ver professores, pesquisadores e alunos em campo, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dessas comunidades”, declarou.

O evento foi marcado pela participação de representantes das comunidades quilombolas, professores, pesquisadores, estudantes e autoridades estaduais, simbolizando a união de esforços para avançar na justiça social e no reconhecimento dos territórios quilombolas do Maranhão.

                             

                              

Por: Karla Álmeida

Fotos: Rafael Carvalho 



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