NOTA SOBRE AUDIÊNCIA PÚBLICA ORDENAMENTO TURÍSTICO DOS NÚCLEOS INDÍGENAS DO BAIXO RIO NEGRO


Por em 23 de agosto de 2020



4 de junho de 2019

No dia 15 de maio de 2019, ocorreu no Centro de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável Professor Roberto Vieira, localizado na RDS do Tupé, a audiência pública para discutir o ordenamento turístico dos núcleos indígenas do baixo Rio Negro. Estiveram presentes o procurador da República Fernando Merloto Soave, o analista pericial em Antropologia do MPF, Pedro Moutinho, representantes do Conselho Tutelar da Zona Rural de Manaus, da ManausCult, da Coordenação Regional da FUNAI de Manaus, da Amazonastur, da SEMA, da SEMMAS, da Copime, do NEICAM/UEA, da SEMASC, da FEI, bem como representantes dos núcleos e comunidades indígenas das RDS Tupé (municipal) e Puranga Conquista (estadual), e das agências, empresas de turismo, guias e profissionais da área, além de pesquisadores, entre eles do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia.

O evento buscou encontrar uma dinâmica para o funcionamento turístico na área que estivesse contemplando os interesses, tantos empresariais, quanto os direitos indígenas. Entre as demandas que foram mais pontuadas, seria o respeito aos povos indígenas, tanto pelas agências de turismo, quanto pelos próprios turistas.

Maria Alice Karapãna pontuou que cada regra criada deve ser respeitada, pois na sua área os indígenas não desejam ser vistos como mero show ou desrespeitadas enquanto mulher. Como professora e formadora de opinião, considera que quem determina os valores são os grupos, bem como que é necessária a participação também na gestão da atividade do turismo pelas empresas, para que os indígenas saibam o quanto as empresas ganham em cada apresentação, sob pena de gerar a desvalorização da cultura indígena. Cada ritual é sagrado e demanda uma preparação, e fazê-lo de qualquer maneira gera efeitos depois em função desse desequilíbrio.



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